[A]gosto Amargo
Quando o vento dá um nó
quando a rua junta pó
e a chuva traz a lama
Quando a fruta temporana
apodrece no cipó
Quando a vida é mais viril
Quando há fogo no pavio
Quando nasce toda Ana
Quando ganha o homem vil
E o leão tomba na savana
Quando a noite é mais escura
Quando nasce a amargura
quando encolhe a imensidão
quando o ar é de secura
Quando seca o ribeirão
Quando o gosto é tão amargo
quanto o café que eu trago
Quando vejo, nem me lembro
Quero é que que o vento largo
me carregue prá setembro.
(Zé Gabriel F.)
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4 comentários:
cê sabe q é um gênio, né?
um gênio q não se contenta com
agosto, gosta só de setembro.
:)
Também não gosto do mês de agosto.
Belos versos, como sempre!
Gostei bastante viu...
parabéns
agora vou continuar lendo os outros posts...rsrs
Que rítmo maravilhoso suas poesias tem!
Linda essa!linda,linda!
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