Cordel prá morar na lua
Ô madrinha que dança de noite
com seu sonho-de-valsa-estrelado
com seu lume de prata gelada
se tivesse o lume dourado
do padrinho da minha alvorada
mas só dança é na madrugada
e no escuro tristonho vai indo
sem querer vai subindo, subindo
e o homem que é bom vai dormindo
Ô madrinha que não tem platéia
vai no escuro valsando tristinha
Ai coitada da minha madrinha!
que só tem uns poetas lhe vendo
E mendigos de frio tremendo
se eu for o bastante dindinha
lhe escrevo sonetos brilhantes
lhe dedicos mil versos-amantes
Faço escada té aí ô madrinha
onde Jorge fez sua moradia
Tomo um porre com Jorge Gerreiro
Monto ingreja, mesquita, terreiro
faço em ti o que é bom e humano
mas eu volto no início do ano
pois o carnaval é em fevereiro!
(João do Mar)
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2 comentários:
zé, tu é foda.
te amo.
De fato a lua é dos poetas.
Gostei desse poema. Primeiro, por falar da lua que me encanta completamente e segundo, pois tem um quê de romantismo que eu adoro.
Bom trabalho
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