A estranha da fotografia
Hoje sinto a ausencia do apego
não me lastima a ausência
ela é em mim tão presente, essência minha, tesouro meu.
e até mesmo o rosto que sorri nos retratos
me é estranho
é tão estranho...
se sorrias antes, me lançava por vontade ao abismo do ' te amar incondicionalmente'
hoje, quando sorri
não a reconheço
É alheio para mim
teu sorriso, teu gesto de despreso, tuas quimeras mesquinhas
Não a reconheço, não consigo lembrar de ti.
Alguma coisa em mim me grita:
- é ela! aquela de antes!
Mas meus olhos não te distacam mais da multidão
se antes decorava teus gestos e sorrisos
hoje me são estranhos
és alheia, és estranha, simplória, detalhe.
Mas se antes dedicava-me a te reconhecer em tudo e em todas
hoje não sei quem és
e hoje, não faço mais questão.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
É triste o amor que já não é...
Deixar de ser é só um eco qualquer, incompreensível...
e você sabe q pode torna-lá reconhecível. :)
Gabriel, sempre venho no seu blog, adoro ler o que você escreve.Nunca comento, tenho a impressão de que não existem palavras pra elogiar seus textos.Hoje eu resolvi comentar, acho que nunca vou ter palavras suficientes que exaltem as suas, sempre tão bem combinadas.
Muito bom, de verdade.
Beijos =)
Esse eu saquei! ;)
^^
Postar um comentário