Eram os toques ainda tímidos...
Eram as línguas, guerreiras úmidas!
Eram os olhos, castanhos pálidos!
Eram as mãos, amantes súbitas!
Eram os braços, serpentes lânguidas!
Eram as pernas, carvalhos trêmulos!
Eram os seios, copázios lácteos!
Era a vertigem, quimera mítica!
E era tudo verdade tácita!
E o meu corpo, cadente e trôpego...
Era o calor do sol da África...
E o gemer, a bela música...
E foi na quinta, não foi num sábado...
E foi o gozo, vertigem lúdica...
E foi morrendo a verdade tímida!
E foi secando a vergonha úmida!
E foi vestindo, teus seios pálidos!
No coração, batidas súbitas!
E nos teus olhos, meninas lânguidas!
Em tuas carnes, mil sonhos trêmulos!
Cobriram toda a via láctea!
Como uma grande serpente mítica!
Com cores vivas e face tácita!
Me aprisionou, ainda trôpego...
Como a um negro vindo da África...
E a tua voz, como uma música...
Me fez lembrar que num velho sábado,
Teu corpo ainda era promessa lúdica...
(Gabriel F.)
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3 comentários:
Caro poeta, cada dia que passa mais intenso ficas ...
haahah!
Eu fui o 1º a ler!
Ainda no esboço!
O mais foda de todos os seus!
Tiro o chapéu pra ti.
Perfeito!
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