Do altar que te guardava,
Do pouco que me sobrava,
Do muito, pouco sobrou.
Da flores e oferendas,
Dos salmos e das rendas,
Muito pouco se resgatou...
Da leveza dos meus dias,
Minha dor,minhas alegrias,
Todos aqui tiravam sarro!
Avisavam que tua beleza,
Tua humilde realeza,
Escondiam pés-de-barro!
Eu quebrei os castiçais
As mesas e os vitrais
As mesas e os vitrais
Para que ninguém te visse!
Teu nome três vezes neguei!
Mas tua imagem recuperei
E te amo escondido,Clarisse...
(Zé Gabriel F.)
3 comentários:
Caro poeta, cada verso teu me surpreende, me encanta!
Poucas pessoas mexem comigo dessa forma... admiro-te pela intensidade na junção das palavras...
Grande abraço... sorte!
(Quando eu crescer quero escrever assim! rs-*)
Genial!
Não achei definição melhor, não há nenhuma palavra nos teus textos que esteja lá só por estar,tudo se encaixa perfeitamente...
Adorei, lindo esse!
Quando eu escrever assim, quero crescer.
Só pra devolver a resposta com o mesmo argumento.
NO seu caso, não só um verso, mas toda a estrofe eufórica...
"Eu quebrei os castiçais
As mesas e os vitrais
Para que ninguém te visse!
Teu nome três vezes neguei!
Mas tua imagem recuperei
E te amo escondido,Clarisse..."
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