tag:blogger.com,1999:blog-85457707088631285622024-03-13T20:18:44.954-07:00...E agora, José?Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.comBlogger48125tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-42031028964048723182012-01-08T15:24:00.000-08:002012-01-08T15:31:39.511-08:00Carnage.Quando talvez em sonho<br />Sonharmos com nossa casa de janelas grandes<br />onde possamos ver a chuva<br />Onde não seríamos nós, cansados der ser nós....<br /><br />Se houvesse mais paixão onde antes existia o amor<br />Talvez as janelas fossem reais, a chuva fosse real...<br /><br />Tudo é irreal, mesquinho e azedo.<br />E chuva inexistente, inexplicável<br />Cai insistentemente nesse verão...<br /><br />Vou, talvez, quem sabe, procurar outra irrealidade<br />Amor não, paixão não, talvez alguma vontade de não passar<br />o carnaval sozinho.Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-44536139353869520852011-09-22T22:29:00.000-07:002011-09-22T22:44:53.602-07:00Para Pessoa[s]<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIL-SUF9wRgY0jNqWDztbsPSKxBTWELuykLPWrDAF9rX5K_Dcsrra5WWUb6NxOsZiwC30lb49ha3eNGtke1Z7jqP9VzhoiZfEuSv2VKjhGrrWEMpGbBF62ZPJG88XEj1jPPVlt3la60K_d/s1600/DSC02815.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5655425779243025570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIL-SUF9wRgY0jNqWDztbsPSKxBTWELuykLPWrDAF9rX5K_Dcsrra5WWUb6NxOsZiwC30lb49ha3eNGtke1Z7jqP9VzhoiZfEuSv2VKjhGrrWEMpGbBF62ZPJG88XEj1jPPVlt3la60K_d/s320/DSC02815.JPG" /></a><br /><br /><br /><div>Não me vale o perigo</div><br /><div>muito menos o alarde</div><br /><div>Não que eu seja retido</div><br /><div>Nao que eu seja covarde</div><br /><div>Em verdade vos digo</div><br /><div>Seja alma grande ou pequena</div><br /><div>Ouça bem, meu amigo!</div><br /><div>Nem tudo vale a pena!</div><br /><br /><div></div><br /><div>No espelho do mar</div><br /><div>Pode pentear-se o céu</div><br /><div>Mas não se pode negar</div><br /><div>Que o abismo Deus lhe deu</div><br /><div></div><br /><div>E que na flor, o perfume</div><br /><div>Só dá guarida ao espinho</div><br /><div>Pode ser bela em seu ninho</div><br /><div>Mas se alimenta de estrume.</div><br /><br /><div></div><br /><br /><div></div><br /><br /><div>(<em>Fotografia e Poesia de Zé Gabriel F.)</em></div>Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-42683112753112958992011-09-13T22:35:00.000-07:002011-09-13T22:35:52.836-07:00[Da série : A dona do meu Nariz] Amor IV<br />
<br />
Eu não sou este que escreve.<br />
Não sou este que ignora. <br />
Não sou este que mente, que é egoísta.<br />
<br />
Sou o perdão e o perdoado<br />
O irmão e namorado<br />
O amado e desalmado<br />
O teu passado.<br />
<br />
Sou aquele que escreve<br />
tanto quanto sou essas letras<br />
...tinta num papel branco...<br />
desesperado que me leia!<br />
<br />
Não ser, não nega o fato<br />
e pra mim, já basta este fardo<br />
<br />
De nada ser, a não ser<br />
Teu passado.<br />
<br />
<br />
<br />
O último da série.Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-8495647754571257402011-09-09T19:54:00.000-07:002011-09-09T20:02:33.937-07:00[ Da série ; A dona do meu nariz. ] Domingo dos olhos.Não me lembro do nome das coisas<br />Não me lembro das regras e acentos<br />Me perdi na meada e no fio<br />Não me lembro das estações<br />Nem a última vez que vi chuva<br />nem a cor dos meus sapatos<br />Não me lembro se deixei o gás ligado<br />Não me lembro do nome do poeta<br />Não lembro da minha certidão de idade<br /><br />Lembro sim, de dois olhos negros<br />No amanhecer do dia que comecei a me esquecer das coisas...<br />Não me lembro do motivo<br />Lembro dos olhos!<br />Olhos que trovejavam!<br />Dois olhos negros, negros como o vazio<br />Negros como o esquecer<br />Tudo são aqueles olhos<br />tudo é negro e trovejante<br />e não me lembro porquê.Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-64002373470770659132011-08-16T17:55:00.000-07:002011-08-16T17:57:31.787-07:00[ Da série ; A dona do meu nariz. ]<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLVyDNPjRyn22G2mrTvfErgQ8Akuh1Bd8aKQ4sq3vVuQcxhTm8bvKkHra1P8nEbg5Gm7zWC1YYlqmiN4FvCkCZbDXXDT7ARekIeFND39m5wZMSGvhyphenhyphendNK7T8jF4d48KUaSRyQnHJpEbpwo/s1600/sacner.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 308px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLVyDNPjRyn22G2mrTvfErgQ8Akuh1Bd8aKQ4sq3vVuQcxhTm8bvKkHra1P8nEbg5Gm7zWC1YYlqmiN4FvCkCZbDXXDT7ARekIeFND39m5wZMSGvhyphenhyphendNK7T8jF4d48KUaSRyQnHJpEbpwo/s320/sacner.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5641622413099285794" border="0" /></a>
<br /><i>Passou como um vento
<br />Arrancando árvores das raízes
<br />Deformou minha casa, transfigurou meu espírito
<br />Levou meu CPF e identidade
<br />Não dobrou flor alguma!
<br />Nem flauta tocou!
<br />Passou...
<br />E hoje, não penso nos prejuízos
<br />Só penso que passou.
<br />Só que passou.
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />(Arte de: Gabriel Gomes Ferrão)
<br /></i>
<br />Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-8489136587846864862011-07-09T15:24:00.000-07:002011-07-09T15:40:44.923-07:00Três II<span style="font-style: italic;">Essa série de poesias e textos é sobre um passado recente.</span> <span style="font-style: italic;">Espero que aqueles que são citados (tão sutilmente) nessa série, leiam. Por que é para eles.</span><br /><br />Éramos três, fomos dois. Sou um.<br />Dentro de um, o que dorme é perfeito<br />mas só dorme. Por que é perfeito.<br /><b><br /><br /><br /><br />O AMOR ANTIGO</b><br /> <br /> O amor antigo vive de si mesmo,<br /> não de cultivo alheio ou de presença.<br /> Nada exige, nem pede. Nada espera,<br /> mas do destino vão nega a sentença.<br /> <br /> O amor antigo tem raízes fundas,<br /> feitas de sofrimento e de beleza.<br /> Por aquelas mergulha no infinito,<br /> e por estas suplanta a natureza.<br /> <br /> Se em toda parte o tempo desmorona<br /> aquilo que foi grande e deslumbrante,<br /> o antigo amor, porém, nunca fenece<br /> e a cada dia surge mais amante.<br /> <br /> Mais ardente, mas pobre de esperança.<br /> Mais triste? Não. Ele venceu a dor,<br /> e resplandece no seu canto obscuro,<br /> tanto mais velho quanto mais amor.<br /><br /><br />(Carlos Drummond de Andrade)Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-75908698145100813042011-07-07T17:30:00.000-07:002011-07-07T17:42:02.749-07:00Três.<span style="font-weight: bold;">Não. </span><br /><br />Menos que chuvas de verão<br />sorvetes de baunilha<br />cheiro de fogueira<br />mar, campo<br />sol nos manacás<br />menos que isso<br />nós, além da carne prestaremos<br />seremos luz<br />agora, por hora, enquanto escrevemos<br />não.<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Nazca.</span><br /><br /><i>Promessas,<br />[eu vejo, telas brancas<br />Beija-flores.]<br />Antes que venham me tomar pela mão<br />antes que venham beber da minha urgência<br />antes que, talvez, venham matar minha sede<br />Parem no portão e pensem duas vezes<br />antes de me acordar de qualquer delírio<br />-Somos pó varrendo pó. Pó cheirando pó<br />-Pó soprando pó. Pó amando pó.<br />Cicatrizes imortais na pele do deserto.<br />Nada.</i><br /><i><br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Poética da Intorpecência.</span><br /><br />- Foi Dito que somos pó, meu amor.<br />E ao pó retornaremos<br />antes disso, cheiremo-nos!<br />Garçom,dois canudos por favor!<br /><br /><br /></i>Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-67507550792779531552011-03-12T22:09:00.000-08:002011-03-12T23:06:55.135-08:00Muda.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAaWOs8Uwcaq3Smtlr3pbO2Xt-hbKvo2p7GqZEyfiLyNDY1jEd3ALCgsajn4VCu2CL2VB6zDIz6SNpugUyYOK6uus2LJmAazMSfvWN72ELtjAdvnOcTiOX5_vp9CGNYef4ZiZFVIrm5pGy/s1600/ltuap.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 259px; height: 194px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAaWOs8Uwcaq3Smtlr3pbO2Xt-hbKvo2p7GqZEyfiLyNDY1jEd3ALCgsajn4VCu2CL2VB6zDIz6SNpugUyYOK6uus2LJmAazMSfvWN72ELtjAdvnOcTiOX5_vp9CGNYef4ZiZFVIrm5pGy/s320/ltuap.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583456140543959666" /></a><br /><span class="Apple-style-span" ><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div>Era outono, e em teus olhos de geada</span><div><span class="Apple-style-span" >Emoldurava-se um soslaio de desgosto</span></div><div><span class="Apple-style-span" >Era o gosto do amor, perdendo o gosto</span></div><div><span class="Apple-style-span" >Era o mel, que muito usado, se acabara<br /></span><div><div><div><span class="Apple-style-span" ><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" >Foste azul, teu céu em meu terraço</span></div><div><span class="Apple-style-span" >(Eram cores sem cadência, sem razão)</span></div><div><span class="Apple-style-span" >E de sempre eloquente, o coração,</span></div><div><span class="Apple-style-span" ></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: georgia; ">Do excesso de amar, veio o<b> </b><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-size: medium; ">cansaço.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" ><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" >Então busquei outras cores e estações</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" >Em que a vida fosse menos pesarosa</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" >Apaguei todo vermelho e todo rosa</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" ><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">Descolori as imensas vastidões </span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" >E agora, vago sem perceber</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" >O que me passa, me passou, que há de ser.</span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-size: medium; "><span class="Apple-style-span" ><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><br /></span></span></div><div><br /></div><div><i>*Baseado na canção<b> Love Will Tear Us Apart </b>do grupo de rock <b>Joy Division.</b></i></div><div><i><b>*</b>Baseado em experiências pessoais, também.</i></div><div><br /></div><div><br /><div><br /></div></div></div></div></div>Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-34169830004703532402011-01-24T19:37:00.000-08:002011-01-24T19:59:51.752-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4y7b1qQX8FsykN1GzpWq4iPG74YILWaXacuMj9Fy_d9LRe3busXDHu6badTS3pl9FpLz46W6ZL15uHKe9kK1sV-xO0VjlfNYNP-LDSojFtkBv_jiph35UKdWwSjoTSeGiD-D6gwzRXD2F/s1600/PICT0009.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4y7b1qQX8FsykN1GzpWq4iPG74YILWaXacuMj9Fy_d9LRe3busXDHu6badTS3pl9FpLz46W6ZL15uHKe9kK1sV-xO0VjlfNYNP-LDSojFtkBv_jiph35UKdWwSjoTSeGiD-D6gwzRXD2F/s200/PICT0009.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5565967558216540818" /></a><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">Domingo de Bairro<br /><br />Daqui do alto dá pra ver<br />Que Janeiro é vazio,<br />E os bairros vomitam seus excessos nos litorais<br /><br /></span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">Não importa o tamanho da solidão<br />Vou pra rua, de andada<br />vou encontrando risadas, piadas<br />peitos, bundas, pernas.<br />A cerveja é sempre gelada<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">Um "avião" passou, me chamou<br />perguntou:<br />Quer viajar?<br />-Sexta eu passo lá!<br /><br />Daqui do alto dá pra ver<br />Que antes, quando éramos Deuses<br />Falávamos e agíamos como moleques<br />éramos moleques, pés descalços, sujos e sublimes</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">E agora que somos homens</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">O divino nos abandonou.<br /><br />(E se antes brincávamos<br />Hoje competimos.)<br /><br />Antes, nos ombros das mangueiras e goiabeiras<br />podíamos tocar o céu<br />Pipa era Dragão colorido, fingindo ser livre</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">Rodando no ar, com rabiola de fitilhos do bom fim</span></div><div><span class="Apple-style-span" ><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;"><br /></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">O bairro guarda segredos de esquinas</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; ">guarda cirandas e beijos roubados<br />O bairro guarda a alma dos amigos que foram<br />o bairro é um mundo!<br /><br />Daqui do alto da pra ver<br />o que ninguém mais vê:<br />Um mundo fervendo em verde-amarelo<br />Azul e branco no céu<br />Um caminho, uma trilha<br />Um atalho que dá no beco-brasil</span><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; "><br /></span></div></div>Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-66946666803999682022011-01-04T15:44:00.000-08:002011-01-04T16:02:49.198-08:00Lambe.Se lambes, se sugas, se bebes<div>de mananciais tão imundos</div><div>com a cara mais lavada do mundo</div><div>pergunto:</div><div>Não bebes, do meu?Não bebes?</div><div><br /></div><div>Se tua boca, pavilhão<i> rosaebranco</i></div><div>Encosta em águas tão profundas</div><div>O meu conseguir não vai a tanto</div><div>Se tu sugas de mares e ondas</div><div>Porque não sugas do meu oceano?</div><div><br /></div><div>Não que eu seja assim tão profundo</div><div>nem que meu arroio seja ralo</div><div>É que desejo, desejo mais que o mundo</div><div><br /></div><div>Que o teu desejo, que é prazer sem fim</div><div>seja simplesmente saciado </div><div>Matando tua sede em mim.</div><div><br /></div>Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-26936404775258808312010-11-15T16:17:00.000-08:002010-11-15T16:19:21.171-08:00disciplina.<span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 20px; "><div><b><i><span class="Apple-style-span" >Se amar fosse intransitivo,</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >nos pouparia de suas concordâncias e subordinações.</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >e disciplino as minhas orações, coordenando-as para um pretérito imperfeito:</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >- Queria conjugá-lo mais facilmente. Amém</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >Mas, maldito seja, é transitivo direto.</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >(Carece ser complementado...)</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >E a história nos conta</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >que a biologia não nega:</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >Quando existe química</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >Nem a geografia o impede.</span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" ><br /></span></i></b></div><div><b><i><span class="Apple-style-span" >-Amar, verbo rebelde, carece sempre de impossibilidades.</span></i></b></div></span>Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-7287330051312501302010-10-21T14:17:00.000-07:002010-10-21T15:42:22.934-07:00Carta desnecessária (de/ para) um mortoDas flores, nenhuma fez sombra<br />nem sussurros, nem baques<br />das flores, só secas, livros em dois lados<br /><br />Dos dias, só flores amareladas, murchas<br />é assim, de sombras peuqenas e espumas esvoaçantes<br />a vida foi se fazendo, tímida e lenta<br />antes da caçada...da rede da morte<br /><br />Dos livros, só poucos eu li<br />só movimentaram minhas retinas<br />e um pouco de paz momentanea<br /><br />Dos dias, todos foram iguais<br />apesar de estações diferentes<br />as vezes cantagalo, as vezes cinelândia<br /><br />Dos amores eternos, poucos, efêmeros<br />murcharam tão rápido quanto nasceram<br />a eternidade do amor vem da sua condição frágil e mortal.<br /><br />Dos desencantos, encantos mil<br />dos desamores, poesias, odes, sonetos<br />das pessoas, rostos, vozes, músicas, cheiros<br /><br />Das garotas, movimentos leves, danças, quadris<br />cabelos nos rostos, entrega ao momento<br />suavidade que só tem no nada<br /><br />E assim, quando a rede passar, pegando peixe grande e pequeno<br />vou lembrar, que não tinha nada pra esquecer<br />o adeus é a Deus...E o sofrimento fica pra quem fica<br />não é que eu seja egoista, é que a vida passa e a rede chega<br />prá lugar melhor ou pior, eu vou do mesmo jeito<br />quem fica, chora,tem saudade, é o jeito...mas meu nome vai sumir<br />na noite do tempo, todo nome some, vai sussurar lá longe, no fim do mar...<br /><br />E quando chegar a noite da vida<br />vai ser bom saber que houveram flores, sem sombra<br />poucos livros sem importância<br />dias tediosos, cantagalos, cinelândias<br />infinitos amores que morrem rápido<br />Houveram até sonetos!<br />danças, garotas, momentos sem a mínima relevancia.<br /><br />Pois da vida, na fica, nada vai, tudo se evapora<br />e não adianta fazer e acontecer<br />Somos sombras e pó, que andam por aí dizendo que são coisas divinas<br />Valeu a pena? Algumas coisas valem...outras não<br />Pessoa estava errado?<br />- Qual poeta está certo?<br />"Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio"<br />E no fim (demoro a chegar a conclusão, talvez pelo medo que a conclusão das coisas traz aos homens, talvez por pura leviandade.)<br />lembrarei de mim, como sou, fui e serei...Pagão triste sim; mas sem fazer questão das flores no regaço.<br /><br /><br /><br /><br />Para meu querido amigo:<br />Ricardo Reis.Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-66696450402705133212010-10-05T14:28:00.000-07:002010-10-05T14:38:02.585-07:00Das quatro precisões de viver-Do que você precisa para viver? Perguntou assim, como quem se assusta.<br /><br />- Amor de muito, sede de tudo, vida de graça, pão e cachaça.<br /><br />Riu alto, olhou-me devagar e viu que era sincero... Olhou nos meus olhos quase ferindo as retinas:<br /><br />- Acho que eu também. Falou do jeito de quem descobre um segredo, ou uma resposta que a muito tempo queria ter.<br />Beijou-me com firmeza, borrando o batóm.<br />Levantou, apagou o cigarro e saiu pela porta do bar.<br />Foi viver...<br />Nunca mais a vi.Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-34660447734097980382010-07-18T15:12:00.000-07:002010-07-18T15:28:10.755-07:00PagãE havia tensão no ar<div>Pesado e quente, como o silêncio</div><div>leveza sadia do vazio.</div><div>olhos, olhares, pernas, pesares...</div><div>vadio, com o mesmo casaco de lã</div><div>olhava, cigarro na boca</div><div>(cigarro de rancor tem gosto amargo)</div><div>cerveja na boca, cachaça na boca</div><div>poesia na boca.</div><div>dançava, pagã como um seio descoberto</div><div>como uma fogueira, dançava</div><div>saia rodada, rodava meu mundo na beira do teu umbigo</div><div>dançava feito balão no ar</div><div>arte criminal, pagã por coerção </div><div>por decisão alheia...vagava no salão vazio</div><div>e eu, vadio, cabeça rodando, rodopiando</div><div>sentia a leveza e o doce de tuas coxas brancas, rodando</div><div>teu cabelo na cara, entregue ao momento</div><div>momento vazio, impregnado da tensão quente e vazia do</div><div>silencio</div><div>deitaria em teus seios pagãos</div><div>teu ventre sagrado</div><div>e esperaria, nascer um dia em que o mar, e a imensidão</div><div>estivesse na cor de seus olhos,</div><div>Jóias castanhas e tristes</div><div>pagãos como um corpo de mulher</div><div>como a leveza urgente e profana do viver</div><div>pagã e triste como o nada.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-55123756778309752152010-02-19T18:24:00.000-08:002010-02-19T18:48:42.021-08:00Cor-de-preto<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEiUE1CeOwW_6bKBEZaMlvp5PwN2yQXHBy2Iz7KOJ4dc1ukAqswhi8Hr-PplLENYkBqksTfbZLQVD8v0M8Fsi7kOjmOxPntP4889oP1uTlqrGIzT6aY_8ZbFq0n6-5VfEZH8Qe64I40-v_/s1600-h/1220749166521_f.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 150px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEiUE1CeOwW_6bKBEZaMlvp5PwN2yQXHBy2Iz7KOJ4dc1ukAqswhi8Hr-PplLENYkBqksTfbZLQVD8v0M8Fsi7kOjmOxPntP4889oP1uTlqrGIzT6aY_8ZbFq0n6-5VfEZH8Qe64I40-v_/s200/1220749166521_f.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440151781563674930" border="0" /></a><br /><br /><i>Menina branca<br />com as cores <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">d'O</span>Povo no pulso,<br />não me é insulto,<br />Moça de cera<br />quer ser o que discrimina,<br />será baixa auto-estima?<br />Moça dos olhos d'água<br />que ri do meu cabelo<br />do chinelo<br />e que zomba do couro escuro<br />que é belo!<br />é estranho zombar do meu mundo<br />e no seu pulso<br />Verde-vermelho-amarelo.<br /><br />(Zé Gabriel F.)<br /><br /></i><br /><br />As cores verde, amarelo (ouro) e vermelho, são as cores da bandeira etíope. Elas são o símbolo do movimento <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">rastafári</span>, e da lealdade dos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">rastas</span> à Etiópia e a África acima de qualquer outra nação moderna onde eles possivelmente vivem. Também são as cores 'd'O Povo',da União Africana.Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-19512322151282132492010-01-15T11:50:00.000-08:002010-01-15T12:35:15.286-08:00Loas às quimeras.[Elogio ao sonho]<span style="font-style: italic; font-weight: bold;">Quimeras¹ nossas.</span><br /><span style="font-style: italic;"> Levianas, não se farão concretas, serão como o mar, que é infinito. Mesmo que te banhes nas vagas, as imensidades lhe serão alheias. </span><br /><span style="font-style: italic;">Mesquinhas, corroerão teus desejos, para que do teu banzo, possam eclodir novos ovos de novas quimeras. Propagam-se nas feridas que outras antes fizeram.</span><br /><span style="font-style: italic;">Ademais, serão teu ópio, teu baluarte, teu sangue e carne e santo graal.</span><br /><span style="font-style: italic;">Estarão toda a tua vida contigo.</span><br /><span style="font-style: italic;">De tuas quimeras ancestrais e mesquinhas,no fim, não cora de ombrear-te a única mais egoista e autruísta: A do sonho de amor.</span><br /><span style="font-style: italic;">Esta te velará no leito de morte, te levará para além do vau mundo, além da orbe celeste.</span><br /><span style="font-style: italic;">Mesmo que seja pó, ou cinza fumegante, esta [que tampouco torna-se concreta, assim como suas irmãs] estará contigo e estará em ti.</span><br /><span style="font-style: italic;"><br />De carbono e quimeras, somos feitos... Navegantes do impossível sem saber que é, do alheio sem o ver, do imponderável sem ponderar. Não temos escolhas mais rasoáveis:</span><br /><span style="font-style: italic;">-Sonhemos</span>.<br /><br />(João do Mar)<br /><br />¹A palavra <i style="font-weight: bold;">quimera</i>, por derivação de sentido, significa também o produto da imaginação, um sonho ou fantasia utópicaJana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-63454924673061843962009-12-12T09:23:00.000-08:002009-12-12T09:46:59.143-08:00Pergunta retórica.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8qbQ05xMUfZH5YsNEYydm12soIgtJwKF7LKS56vjsPqTvYaALlxGcT3LHuNx-pXlL5Mk6ObzT0ub6EyChxUi2ho0pX3mi91wv5NYIno-iGFbqg0zXoeGyDsMTzgh4I9WcmSwTC80TyglF/s1600-h/borboleta.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 159px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8qbQ05xMUfZH5YsNEYydm12soIgtJwKF7LKS56vjsPqTvYaALlxGcT3LHuNx-pXlL5Mk6ObzT0ub6EyChxUi2ho0pX3mi91wv5NYIno-iGFbqg0zXoeGyDsMTzgh4I9WcmSwTC80TyglF/s200/borboleta.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414407346190385090" border="0" /></a><br />Vagueia Borboleta translúcida<br />Pelos tedos de natal enfeitiçados<br />Vaga, mais solitária que a vida<br />Voando por telhados e telhados<br /><br />Quem não quer, numa dor que desatina,<br />(Menos dor de coração arruinado)<br />Ter a musa que o engenho ilumina?<br />Ter de volta a poesia do seu lado?<br /><br />Tenho na broboleta, lógica indefinida,<br />Perguntas que nunca cessarão.<br />Tenho beijos da poetisa e suicida!<br />Tenho tardes corajosas de verão!<br /><br />Só não tenho a resposta mais querida,<br />Que a vontade me corroe toda a razão:<br />No coração, quanto dura uma ferida?<br />Quanto se pode aguentar a corrosão?<br /><br />E mesmo as dores de chaga tão pequenina,<br />Nunca sararão?<br /><br />(Zé Gabriel F.)Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-39203606752453215742009-11-01T13:19:00.000-08:002009-11-01T14:15:13.392-08:00Beltane.¹<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihzhj-HPySdfZ-zAG9q1DrDTqxilsTXMyFNPfQ9hepqJaPmXWc6eR6zREXoHhD98gAZckxZFjIgOztSb59joCcvMTs68QkpDNZDfgjR9sxXD8j-HdxbN14k78fHh6k9JdWDw-Pycif8Ew6/s1600-h/Beltane.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 228px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihzhj-HPySdfZ-zAG9q1DrDTqxilsTXMyFNPfQ9hepqJaPmXWc6eR6zREXoHhD98gAZckxZFjIgOztSb59joCcvMTs68QkpDNZDfgjR9sxXD8j-HdxbN14k78fHh6k9JdWDw-Pycif8Ew6/s320/Beltane.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5399257423849914370" border="0" /></a><br />Amor meu, a noite se joga, suicida, do alto azul<br />Sejamos como ela, renitentes em nossas promessas<br />mesmo que a falsidade dos vinhos corram em nossas veias<br />Nos lançaremos sem saber que a noite será força extasiante.<br /><br />Deitarei o sol em teu regaço, ateando o fogo áureo em tuas pernas<br />Transformando teus seios em raios cálidos de meio-dia<br />E, ofegantes, derramaremos a lentidão de nossa cama de pedra<br />E, ofegantes, seremos noite, ungida de misticismo e branda<br /><br />Lembrarei de quando te fiz Deusa no meu inverno<br />e quando nua, andava pelas imensidades, fazendo verão<br />aquecendo meu universo com tua luz tremeluzente<br />E tua paixão poênte e dourada.<br /><br />Será tua silhueta noturna minguante e branca a medida da eternidade<br />dançarei tal qual o sol, no céu profundo de tua boca perfumada<br />E beberei a luz dos teus seios, e seremos eclipse, e serei estações bailando ao teu redor<br />mas no fim, anoiteceremos.<br /><br /><br />¹<span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Beltane é um festival de civilizações pagãs na região das </span><a style="font-style: italic;" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilhas_Brit%C3%A2nicas" title="Ilhas Britânicas">Ilhas Britânicas reconhecido nas comemorações da Festa da </a><a style="font-style: italic;" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Primavera" title="Primavera">Primavera</a><span style="font-style: italic;">.<br />O beltane é o mais alegre dos Sabbaths, onde as mulheres pagãs usam coroas de flores e todos dançam ao redor da fogeira.o Beltane é um festival da fertilidade, simbolizando a união entre as energias masculina e feminina, onde os pagãos comemoram o casamento dos Deuses. Durante o festival, eram acesas fogueiras nos topos dos montes e lugares considerados sagrados, sendo um ritual importante nas terras </span><a style="font-style: italic;" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Celtas" title="Celtas">Celtas</a><span style="font-style: italic;">.<br />E como tradição, as pessoas queimavam oferendas como, por exemplo, totens ou animais para que o poder do fogo fosse passado ao rebanho e, pulavam as fogueiras para que se enchessem das mesmas energias poderosas.<br />Representa o início do </span><a style="font-style: italic;" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ver%C3%A3o" title="Verão">Verão</a><span style="font-style: italic;"> e marca a morte do </span><a style="font-style: italic;" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Inverno" title="Inverno">Inverno</a><span style="font-style: italic;">, sendo comemorado com danças e banquetes.</span></span>Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-32047375898544012662009-08-29T23:18:00.001-07:002009-08-29T23:18:56.414-07:00Paradoxo-Há veneno no jardim?<br />Será verdade?<br />Qual é o porquê desta necessidade?<br /><br />-Há veneno no jardim.<br />Que crueldade!<br />Porém as flores não morrerão de vaidade.<br /><br />-Há veneno no jardim...<br />Que solução!<br />Cercarei de veneno o meu peito<br />E será um escudo bem perfeito<br />Para as flores do meu coração!<br /><br />-Há veneno no meu peito...<br />Que triste fim!<br />Enganei-me tentando me cercar...<br />Afastei quem queria me amar...<br />Que Ficasse este veneno no Jardim!<br /><br /><br /><br /><span style="font-style: italic;">(Poesia campeã no concurso de poesias do Instituto Olavo Bilac-2005)</span>Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-11052159187455689342009-08-09T20:20:00.000-07:002009-08-09T20:24:01.510-07:00Cordel prá morar na lua<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqBlGNPIUNBrEGEbac85tqjjxtVmbZpvojRVh764IjxpV07ddPHK4hiZwK-0R5YFytnlUYA0Bfiw5J_AQcjJdpncxxhvX09RzkFQehoINng_gOehQMoUbfT4hxlocUub1xxjMRkaHlZ_OX/s1600-h/lua1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 196px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqBlGNPIUNBrEGEbac85tqjjxtVmbZpvojRVh764IjxpV07ddPHK4hiZwK-0R5YFytnlUYA0Bfiw5J_AQcjJdpncxxhvX09RzkFQehoINng_gOehQMoUbfT4hxlocUub1xxjMRkaHlZ_OX/s200/lua1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5368170672330274594" border="0" /></a><br />Ô madrinha que dança de noite<br />com seu sonho-de-valsa-estrelado<br />com seu lume de prata gelada<br />se tivesse o lume dourado<br />do padrinho da minha alvorada<br />mas só dança é na madrugada<br />e no escuro tristonho vai indo<br />sem querer vai subindo, subindo<br />e o homem que é bom vai dormindo<br /><br />Ô madrinha que não tem platéia<br />vai no escuro valsando tristinha<br />Ai coitada da minha madrinha!<br />que só tem uns poetas lhe vendo<br />E mendigos de frio tremendo<br /><br />se eu for o bastante dindinha<br />lhe escrevo sonetos brilhantes<br />lhe dedicos mil versos-amantes<br />Faço escada té aí ô madrinha<br />onde Jorge fez sua moradia<br /><br />Tomo um porre com Jorge Gerreiro<br />Monto ingreja, mesquita, terreiro<br />faço em ti o que é bom e humano<br />mas eu volto no início do ano<br />pois o carnaval é em fevereiro!<br /><br />(João do Mar)Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-67575534468881440132009-08-02T15:17:00.000-07:002009-08-02T15:46:05.836-07:00[A]gosto Amargo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjweRgNZzgcaoTbzSwz-_vhoH6jsAxQbOZXpeisp8Zq3UYmJ4yeYYshd_SQswf5gat0OaxsgjrCFCF7NwRAEii9ynwgdf-5kvxt1fov5jrJqkGFs7cH5yw3PFncLhgulBgmLYC1XtbMC2FO/s1600-h/whitelies08_optimist+dave+mckean.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjweRgNZzgcaoTbzSwz-_vhoH6jsAxQbOZXpeisp8Zq3UYmJ4yeYYshd_SQswf5gat0OaxsgjrCFCF7NwRAEii9ynwgdf-5kvxt1fov5jrJqkGFs7cH5yw3PFncLhgulBgmLYC1XtbMC2FO/s200/whitelies08_optimist+dave+mckean.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5365501139560676066" border="0" /></a><br />Quando o vento dá um nó<br />quando a rua junta pó<br />e a chuva traz a lama<br />Quando a fruta temporana<br />apodrece no cipó<br /><br />Quando a vida é mais viril<br />Quando há fogo no pavio<br />Quando nasce toda Ana<br />Quando ganha o homem vil<br />E o leão tomba na savana<br /><br />Quando a noite é mais escura<br />Quando nasce a amargura<br />quando encolhe a imensidão<br />quando o ar é de secura<br />Quando seca o ribeirão<br /><br />Quando o gosto é tão amargo<br />quanto o café que eu trago<br />Quando vejo, nem me lembro<br />Quero é que que o vento largo<br />me carregue prá setembro.<br /><br />(Zé Gabriel F.)Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-9615574414410099422009-07-23T20:07:00.000-07:002009-07-23T20:13:50.012-07:00A estranha da fotografia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikyLscI0xcLVTHQXaiw1EDBXVrwm38o6ayE8IrbJ9WFBBzNUvZqF8JSA0hFZRowYb9qCXKRI7WBi2NHzmr4f2XdIrwH1QRQcTCSLCGPByhOf9ZvD8cHalYJfIqONFj0X1Sq8sUuwXolbnO/s1600-h/mulher-pelada03.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 200px; height: 186px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikyLscI0xcLVTHQXaiw1EDBXVrwm38o6ayE8IrbJ9WFBBzNUvZqF8JSA0hFZRowYb9qCXKRI7WBi2NHzmr4f2XdIrwH1QRQcTCSLCGPByhOf9ZvD8cHalYJfIqONFj0X1Sq8sUuwXolbnO/s200/mulher-pelada03.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5361859541752706002" border="0" /></a><br />Hoje sinto a ausencia do apego<br />não me lastima a ausência<br />ela é em mim tão presente, essência minha, tesouro meu.<br />e até mesmo o rosto que sorri nos retratos<br />me é estranho<br />é tão estranho...<br />se sorrias antes, me lançava por vontade ao abismo do ' te amar incondicionalmente'<br />hoje, quando sorri<br />não a reconheço<br /><br />É alheio para mim<br />teu sorriso, teu gesto de despreso, tuas quimeras mesquinhas<br />Não a reconheço, não consigo lembrar de ti.<br />Alguma coisa em mim me grita:<br />- é ela! aquela de antes!<br />Mas meus olhos não te distacam mais da multidão<br />se antes decorava teus gestos e sorrisos<br />hoje me são estranhos<br />és alheia, és estranha, simplória, detalhe.<br /><br />Mas se antes dedicava-me a te reconhecer em tudo e em todas<br />hoje não sei quem és<br />e hoje, não faço mais questão.Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-29688899614306923632009-06-07T13:13:00.000-07:002009-06-07T13:29:30.963-07:00Da Série 'Na Ilha' ( Ao Amor Que Insistimos)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjoHdGb6IBsoQr4M0-MvUEi5kFQvSnbazW2FcA7AGBNqCoeFC3SSM3B8iSRTRIWxgklpo0VAVAoVu4pzVvQCCTELIZBEq3AmcLKXMeHdH6cR4cQ7nmV4Zt7nGPHge9g0AkTgGEN7K2apLl/s1600-h/mar.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 210px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjoHdGb6IBsoQr4M0-MvUEi5kFQvSnbazW2FcA7AGBNqCoeFC3SSM3B8iSRTRIWxgklpo0VAVAoVu4pzVvQCCTELIZBEq3AmcLKXMeHdH6cR4cQ7nmV4Zt7nGPHge9g0AkTgGEN7K2apLl/s320/mar.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5344684016921014594" border="0" /></a><br /><span style="font-weight: bold; font-style: italic;">"</span><b style="font-weight: bold; font-style: italic;">(...)Desenlacemos as mãos, porque nao vale a pena cansarmo-nos.</b> <br /><b style="font-weight: bold; font-style: italic;">Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.</b> <br /><b style="font-weight: bold; font-style: italic;">Mais vale saber passar silenciosamente</b> <br /><b style="font-weight: bold; font-style: italic;">E sem desassosegos grandes."</b><br /><span style="font-weight: bold; font-style: italic;"><br />(Ricardo Reis)</span><br /><br /><br />Ao amor que insistimos<br />e que de nada valeu<br />a teimosia:<br />Deixai, Clarisse, que as coisas<br />se ajeitem por elas mesmas<br />não vale o maior desassossego<br />ao amor que tem por início<br />um fim<br />Deixai, clarisse, que o mar<br />bata nas pedras, sem mesmo<br />se dar conta das pedras.<br /><br />Ele flui,e se desfralda,e se enrrola<br />sem mesmo dar-se conta de si<br />E se o mar, que é tão infinito e poderoso<br />quantos os deuses<br />nem se sabe<br />por que devemos nos saber?<br />- não vale a pena, Clarisse.<br /><br />Deixai que sejam nossos<br />os desassossegos<br />não compartilhemos com os outros<br />que sejam sacros<br />por só nossos<br />como um segredo dito em músicas<br />de resistência<br /><br />seja sacro o segredo, por só nosso<br />cristalizado, firme, rígido<br />mesmo que sejamos de alma pequenina<br />deixai o amor que insistimos teimosamente<br />não vale cançarmo-nos.Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-69491796437259989662009-05-24T17:06:00.000-07:002009-05-24T17:23:56.654-07:00Série: 'Na Ilha'<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF6aF9pkjgJuBPdSVsAF-T4j1ZlkjJw9_wFv9m8lFf5FLgbilayU3gCuAaKVMqj08y3VR9UiKMdfG0cWxtXupp4C05wQQUZabpCmsJcjDdNF9W7CPLEY-5v1VY8aEimRiioOkdopDnOnn6/s1600-h/BXK50425_lopes-mendes-ilha-grande800.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 237px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF6aF9pkjgJuBPdSVsAF-T4j1ZlkjJw9_wFv9m8lFf5FLgbilayU3gCuAaKVMqj08y3VR9UiKMdfG0cWxtXupp4C05wQQUZabpCmsJcjDdNF9W7CPLEY-5v1VY8aEimRiioOkdopDnOnn6/s320/BXK50425_lopes-mendes-ilha-grande800.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5339547665507513666" border="0" /></a><br />A Ilha.<br /><br />O que fez ao Senhor, o sol ?<br />aquele sol, daquelas tão distantes vagas<br />que enrroladas, trovejavam na beira-mar<br />e nos calávamos ?<br /><br />O que fez ao Senhor, a lua ?<br />Aquela lua, que cheia e tímida nós olhávamos<br />e naquelas noites embreagadas, a amamos<br />tão mansamente ?<br /><br />Onde está o caminho, a ladeira?<br />onde estão as águas de esmeralda?<br />onde está o sono das tardes serenas?<br /><br />se deixamos algo, foram pegadas em par<br />se levamos algo, foram lembranças doces<br />se amamos algo [se amamos de fato] ,esvaiu-se.Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8545770708863128562.post-30301514762754171852009-05-15T20:42:00.001-07:002009-05-15T20:43:48.111-07:00A amante.<h3 class="post-title entry-title"> <a href="http://mentesnocaos.blogspot.com/2008/08/auto-l-voc-que-vai-embora-no-v-que-me.html"><br /></a> </h3> Auto lá!<br />Você que vai embora!<br />Não vê que me apavora<br />Essa pressa que tu tem?<br /><br />Fica mais!<br />Que a vida é sem demora<br />Fica só mais uma hora<br />Tua presença me faz bem!<br /><br />Veja bem:<br />Por que mais essa agora?<br />Teu cajado tu decora,<br />Com fitilhos do Bonfim!<br /><br />Não vai não!<br />Tua pressa me apavora!<br />Não quero que vá embora<br />Porque corre tanto assim?<br /><br />Olha lá!<br />O teu terno no varal!<br />Os cachorros no quintal<br />Já não param de latir!<br /><br />Nosso amor...<br />Era incondicional<br />Não desejo o teu mal<br />Só não deixo tu partir!<br /><br />Essa outra<br />É uma moça inconstante<br />Tem mais de um milhão de amantes!<br />É mulher desatinada!<br /><br />Ela abusa<br />Dos tristes retirantes!<br />Dos poetas delirantes!<br />Seja amaldiçoada!<br /><br />Não vai não!<br />Deixa sua mala de lado!<br />Não obedece ao chamado<br />Dessa que se chama: A estrada!Jana Tavareshttp://www.blogger.com/profile/08248442385947484959noreply@blogger.com2